Ao longo dos últimos meses o Brasil vivenciou uma das piores epidemias de sua história por conta do vírus da Zika, com o mesmo tendo infectado mais de 170 mil pessoas apenas no ano de 2016. Trata-se de um vírus de difícil contenção, que é transmitido por um “velho conhecido” do povo brasileiro, o mosquito “Aedes Aegypt”, o mesmo que transmite doenças como dengue e chikungunya. Tal mosquito se prolifera com demasiada rapidez, necessitando apenas de um ambiente quente e água parada para procriar, motivo pelo qual foi preciso quase 2 anos para conter parcialmente o avanço do surto.
Os primeiros casos de Zika apareceram em 2015, tendo sido documentados na Bahia, com o número de afetados crescendo rapidamente a partir de então, motivo pelo qual houve, por parte do governo, do setor privado e da própria população, uma forte mobilização para conter o avanço do vírus, tendo-se realizado ações que vão da progressiva conscientização da população até mutirões para eliminar criadouros de mosquito.
Tal esforço deu resultado, permitindo que estejamos, hoje, em um novo patamar na luta contra o vírus da Zika.
EXISTE LUZ NO FIM DO TÚNEL
Sem dúvida, apesar de ainda termos muito trabalho pela frente, podemos dizer que já é possível enxergar uma luz no fim do túnel, com a epidemia estando parcialmente contida no Brasil, motivo pelo qual a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que o Brasil, hoje, não se encontra mais em estado de emergência – o país permaneceu nesse estado durante 18 meses, com o ano mais crítico tendo sido 2016, quando foram registrados mais de 170 mil casos de Zika; em 2017, por sua vez, foram registrados “apenas” 7 mil casos, uma redução de aproximadamente 95%.
A CRISE FAZ SURGIR A OPORTUNIDADE
Quando um adulto é infectado pelo vírus da Zika ele irá, provavelmente, desenvolver sintomas que se assemelham aos de uma gripe forte, como por exemplo febre, náusea, dor de cabeça e dor no corpo. Quando uma gestante é picada pelo mosquito e contraí a doença, no entanto, a situação piora significativamente, com o vírus afetando diretamente o cérebro do bebê e causando uma anomalia que se chama microcefalia, motivo pelo qual a doença passou a ser tão temida por boa parte da população brasileira, que via dia após dia surgir novos casos de bebês que nasciam com problemas por conta da Zika e de mulheres que contraíam a doença e não sabiam se poderiam ou não engravidar sem colocar a vida do futuro bebê em risco.
Apesar da magnitude da tragédia humana, no entanto, uma série de cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, se propôs a estudar em detalhes de que forma, exatamente, o vírus age no cérebro dos adultos e dos bebês em desenvolvimento para descobrir uma forma de combater a doença. Eles não descobriram a cura para a doença, mas descobriram algo que pode ser tão interessante quanto: talvez a Zika seja a chave para que descubramos como tratar tumores no cérebro de forma mais eficiente.
Tal suposição tem origem no fato de que os pesquisadores perceberam que o vírus da Zika age diretamente sobre as células tronco do cérebro dos bebês que se encontram na barriga da mãe, tendo uma forma peculiar de ultrapassar a barreira hematoencefálica, alcançar as células troncos e ocasionar a má formação do cérebro (chamada de microcefalia). Ao observar esse fenômeno os cientistas rapidamente perceberam que compreender a forma como a Zika ultrapassa essa barreira seria a chave para descobrir novas formas de tratar tumores cerebrais, haja vista que essa é, hoje, a maior dificuldade dos médicos ao lidar com esse tipo de doença. Fora isso, existe uma semelhança entre o comportamento das células cerebrais de uma pessoa que tem câncer no cérebro e as células tronco de um bebê, existindo até mesmo a possibilidade de que a Zika seja capaz de combater e retardar o avanço de tumores cerebrais por agir diretamente nas células doentes.
Todos esses resultados são preliminares, com os mesmos devendo, ainda, ser comprovados em laboratório. Ainda assim, eles mostram que muitas vezes é justamente a nossa dificuldade que nos impulsiona rumo a novos horizontes.
A BATALHA CONTINUA!
Apesar de termos evoluído bastante em nossa batalha contra a Zika, ainda existe um longo caminho a percorrer até que possamos considerar que essa batalha foi vencida. Vale ressaltar, ainda, que foi justamente o esforço coletivo da sociedade que freou o rápido avanço da Zika, sendo preciso não se descuidar nesse momento para que a doença não volte com ainda mais força no futuro. Para tanto, continue tomando todas as medidas preventivas possíveis, como por exemplo eliminar qualquer tipo de água parada, evitar locais que possam ter algum criadouro de mosquito e, principalmente, dedetizar a casa no prazo correto.
Sem dúvida, muitas vezes fazemos nossa parte corretamente, mas alguém que está ao nosso lado não faz, nos deixando expostos, com a dedetização sendo uma forma eficiente de garantir que a sua casa esteja segura contra os mosquitos, independente da ação daqueles que estão ao seu redor. Nessa hora, conte com o apoio da Higitec, marca líder de mercado com mais de 50 anos de experiência.